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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sequestro de Evo: Governos da “centro-esquerda”, como França e Brasil, mostraram completa submissão ao grande amo do norte


Por Liga Bolchevique Internacionalista

Do Blogueiro:
Durante todo o dia eu fiquei procurando esta noticia que havia lido mais cedo no Blogue da LBI e, incrivelmente, esta noticia não foi divulgada pelas redes de TVs abertas do Brasil, ao menos nos canais que procurei, já que neste momento não disponho de antena parabólica e minha internet 3G não me permite assistir vídeos ou TV via WEB, exceto ter recebido mais adiante esta informação pelas listas que assino... 

Mas enfim, fico abismado de ver que este tipo de ação ainda existe e aconteceu aos olhos da comunidade internacional, e nenhuma nação da chamada Comunidade Européia tomou partido, ou mesmo tenha divulgado alguma nota condenando essa agressão inexplicável a um governo eleito democraticamente por seu povo, neste caso, se fosse de outra forma, como já conhecemos, os nazi fascistas ianques agiriam num pressuposto "direito" de prender um governante ditador etc... Temos que condenar e denunciar veementemente este crime internacional que ocorreu contra a soberania da República Boliviana...



 Desde a II Guerra Mundial não se presenciava a tentativa de um governo nacional tentar interceptar um avião presidencial de outro país, como foi o caso quando Hitler tentou sequestrar um voo que Churchill fazia para visitar as tropas inglesas na África.
O novo “führer” do imperialismo ianque, Barack Obama, tentou fazer o mesmo com o presidente Evo Morales da Bolívia, ainda que ao contrário do exemplo da II Guerra os dois países não estejam formalmente em guerra.
Quando voltava de uma reunião de cúpula sobre a produção mundial de gás em Moscou, o avião do presidente Evo foi impedido de sobrevoar os países da Europa ocidental. França, Itália, Espanha e Portugal não autorizaram que o jato que levava a bordo o presidente de um país que mantém relações diplomáticas recíprocas, sobrevoasse seus territórios.
 O fato assume maior gravidade ainda porque o avião presidencial da Bolívia estava prestes a iniciar a grande travessia sobre o oceano Atlântico e necessitava de reabastecimento.
A única alternativa encontrada foi a de se submeter à humilhação oferecida pela Áustria, que sob escolta aérea autorizou a aterrissagem de Evo.
Em solo austríaco, o avião presidencial foi revistado por policiais que estariam a procura do ex-agente da CIA, Edward Snowden.
A suspeita de que a Bolívia teria concedido asilo político a Snowden, que ainda se encontra na Rússia, levou aos terroristas encastelados na Casa Branca a ordenar o sequestro do presidente de uma nação soberana, equivalente nos meios diplomáticos internacionais a uma verdadeira declaração de guerra contra o povo da Bolívia.

O governo Obama vem sendo desmoralizado internamente (pela esquerda e direita) neste novo episódio que revelou o óbvio para qualquer cidadão minimamente esclarecido, a internet e suas “redes sociais” estão sob controle mundial direto da CIA.
O suposto “técnico” da inteligência ianque, Snowden, hoje perseguido pela própria CIA, vem denunciando o que os marxistas revolucionários já afirmavam há muito, a manutenção da hegemonia planetária norte-americana passa necessariamente pelo controle absoluto da transmissão de dados e informações pela rede mundial de computadores.
Ainda é cedo para aferirmos as reais intenções de Snowden ao fugir dos EUA para a China e passar a denunciar de espionagem o governo que um pouco antes servira.
Mas independente das ligações “secretas” de Snowden, sua captura é hoje uma questão de honra para o império, fazendo com que Obama subordine a autonomia de nações inteiras aos seus interesses de “segurança nacional”.
Que os governos lacaios da direita conservadora europeia batam continência a Obama, nenhuma surpresa, mas a postura servil do Partido Socialista francês e do presidente François Hollande gerou repugnância a todas as forças democráticas que combatem o nazifascismo mundial, hoje disfarçado de imperialismo “republicano”.

Hollande não passa de um gerente neoliberal de “segunda” do capital financeiro europeu, servindo à Casa Branca para transformar a França em base aérea colonial norte-americana.

A ameaça realizada por Hollande contra a vida do presidente Evo Morales, corresponde historicamente à humilhação imposta pela Alemanha a França, quando invadiu seu território e obrigou a fuga do então presidente Charles de Gaulle.

Caso Evo resolvesse desobedecer as ordens do governo “socialista” francês, seguindo normalmente sua viagem, caças Rafale já estavam prontos e autorizados para abater o avião da Bolívia, o que só não aconteceu por um recuo tático em função da permissão que a Áustria concedeu ao pouso “vigiado” da comitiva presidencial de Evo.

Mas se a França sob a gerência “socialista” mostrou-se como um entreposto militar dos EUA, o governo petista no Brasil também revelou sua subordinação política ao amo imperial.

Primeiro o Itamaraty negou o pedido de asilo feito por Snowden, contrariando a tradição da própria diplomacia brasileira que já abrigou até assassinos confessos como o general Alfredo Stroessner. Quando Evo estava sequestrado na Áustria, sob escolta da OTAN, nem o chanceler Patriota nem a própria presidenta Dilma foram encontrados para se pronunciarem, em contraste com seus colegas do Mercosul, Argentina, Uruguai, Venezuela e Equador.

Depois da liberação da Áustria, onde finalmente foi reabastecido após a constatação de que Snowden não se encontrava ali, o avião de Evo seguiu para uma escala no Brasil, onde desembarcou no aeroporto de Fortaleza.

Esperava-se que no mínimo depois da brutal agressão sofrida, o presidente Evo fosse recebido no Brasil por Dilma ou no mínimo por um de seus ministros, como um ato simbólico de desagravo latino-americano contra o governo Obama e sua corja europeia.

Mas o que se viu em Fortaleza foi o presidente de um país amigo ser recepcionado por um funcionário de “quinta” no staff do Ministério das Relações Internacionais.

Diante da agressão à soberania da Bolívia, considerada como um ataque à autonomia de todas as nações latino-americanas, a UNASUL convocou uma reunião de emergência para deliberar sobre a questão, mais uma vez o governo neoliberal do PT se acovardou e não enviou nenhum ministro ao encontro, em contraste com a presença de quase todos os presidentes membros da entidade.

Finalmente, e para não passar em branco, somente quando Evo chegou a La Paz, Dilma emitiu um tímido comunicado oficial em solidariedade ao governo boliviano.

Para os que ainda defendem o suposto caráter anti-imperialista do governo da Frente Popular fica a lição deste episódio de seqüestro internacional de um presidente latino-americano, onde Dilma ficando bem atrás do próprio nacionalismo burguês de nossa região, demonstra sua subordinação visceral com o imperialismo ianque.


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