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domingo, 22 de dezembro de 2013

Compra dos caças Gripen: Burguesia nacional, orientada por Lula, posiciona-se estrategicamente para a “defesa” diante da ofensiva militar ianque



Nota 10 esta matéria da LBI.

Mais do que nunca o Brasil precisa reestruturar a sua capacidade de defesa e de dissuasão frente ao tabuleiro geopolítico redesenhando pela sanha fascista do governo ianque, o que não é novidade...

Pra mim que conheço com algumas limitações? as questões militares, ainda assim arrisco a dizer que o país é refém do imperialismo americano na obtenção de tecnologias militares. Não podemos esquecer do atentado, digo, do acidente ocorrido no complexo aeroespacial brasileiro que trabalhava com afinco na obtenção de um vetor para lançamento de satélites, o que na visão iaque tratava-se como a possibilidade tupiniquim de galgar o restrito clube de países com capacidade de construção e lançamento de mísseis (nucleares) intercontinentais que, de fato, estamos perto deste objetivo, apesar daquela puxada de tapetes que ceifou a vida da nata intelectual de mais de 20 cientistas brasileiros...

Como já é a muito tempo defendido por um grupo de militares de patentes de oficiais superiores (os mais jovens coronéis), nós precisamos ter um artefato mesmo que rudimentar com capacidade dissuasiva nuclear e, a tecnologia nós a temos desde 2007, fato este registrado nos anais militares do país. 


Hoje, infelizmente, a única tecnologia que o Brasil dispõem de forma atuante e conhecida é a humana, representados pelos Guerreiros de Selva que contrariando a lógica convencional inibe qualquer tentava real de ocupação (do ponto de vista militar) dos mais de 40% do território nacional representados pela amazônia brasileira, mas nós precisamos estar preparados também pelo ar e mar...


Por Liga Bolchevique Internacionalista

Completamente mal focado o debate travado na esquerda acerca da compra dos caças suecos Gripen, a decisão histórica tomada pelo governo Dilma (neste caso Lula atuou como o gestor direto da operação) vai bem mais além da questão técnica (bélica) ou mesmo comercial. O acordo pré-firmado entre o Brasil e Suécia, que envolve inicialmente a aquisição de 36 caças Gripen NG, permitirá ao nosso país desenvolver pela primeira vez em sua história (desde o aborto do avançado programa da arma nuclear nacional) um complexo industrial militar de “ponta”, aglutinando tanto a produção de aviões (caças) de combate como de mísseis de longo alcance. 



O projeto técnico estrutural do Gripen NG não está completamente concluído, permitindo a EMBRAER a inferência em seu desenvolvimento final, o que significará adaptar o caça sueco à realidade geoespacial do território brasileiro. 




Esta questão não significa apenas um “detalhe técnico”, representa a possibilidade do domínio total de todas as fases das operações do caça pela FAB, desde a manutenção mais básica do aparelho até as manobras de ataque contra qualquer força militar inimiga. Não seria demais lembrar aos defensores da compra do caça francês Rafale pelo governo brasileiro (sem dúvida alguma mais “possante” que o Gripen) que a frota área da Líbia (composta em sua maioria por modernos caças franceses adquiridos por Kadaffi pouco antes de sua derrubada) sequer conseguiu sair do chão para defender o país atacado pela OTAN. Caso similar ocorre na Turquia que “descobriu” que seus modernos caças F18, recém-comprados pelo governo Edorgan, não podem atacar alvos israelenses ou mesmo forças militares da OTAN. A questão fulcral na aquisição de equipamentos bélicos de “ponta” se concentra na transferência total de tecnologia, dos fabricantes para os países usuários. Sem a plena transferência de tecnologia os poderosos artefatos militares não servem para absolutamente nada! Ou melhor, se prestam para auxiliar as manobras militares dos países fabricantes. 


Somente a SAAB sueca, fabricante do Gripen, abriu esta possibilidade para a FAB, dando um passo além, o da fabricação do próprio Gripen NG em terras tupiniquins sob a parceria tecno-científica da EMBRAER. É bem verdade que a proposta de compra dos caças russos MIG ou do moderno Sukoi, também era interessante para o país, esta foi por sinal a opção da Venezuela ainda sob o comando de Chávez. Mas assim como os imperialistas dos EUA e da França, o governo Putin não abria a possibilidade da transferência de tecnologia das aeronaves. O projeto original do Gripen (dos modelos que já estão operando) foi concebido tendo um único motor de propulsão, de fabricação norte-americana. Com o pré-acordo militar firmado entre Brasil e Suécia, que irritou profundamente a Casa Branca, é muito provável que os ianques suspendam o fornecimento do motor ao Gripen, atualmente nem a SAAB nem tampouco a EMBRAER têm a capacidade de fabricação de um motor supersônico destas características. A alternativa mais viável neste caso seria trazer os motores da Rússia para serem montados no Brasil e nesta variante formar um tripé bélico entre os dois países integrantes do BRICs e a Suécia, que tem relativa independência frente a OTAN.


A “pedra de toque” alardeada pelo governo da Frente Popular na escolha do Gripen teria sido a vantagem do baixo custo, cerca de 4,5 bilhões de Dólares pela aquisição de 36 caças, bem abaixo das propostas ianques e francesas (a Rússia já estava fora da competição). A presidente Dilma, o ministro Amorin e seu comandante militar Juniti Saito fizeram questão de “despolitizar” ao máximo a escolha pelo Gripen, temendo principalmente uma retaliação do governo Obama. A verdade é que o acordo firmado, se realmente tiver fio de continuidade, colocará o país na rota mundial de produção de equipamentos militares com alta tecnologia agregada, bem superiores a atual venda internacional de carros de combate (na maioria anfíbios) e mísseis terra-ar de médio alcance. O Gripen montado com parceria tecnológica no Brasil (na cidade industrial de São Bernardo) deverá ser exportado para África do Sul, que já possui poucas unidades da versão mais antiga C/D e muito provavelmente para países da UNASUL. Este elemento, ou seja, o da construção nacional de um avançado complexo industrial de segurança, mudará substancialmente a correlação de forças continental, colocando o Brasil como único país na América a ter capacidade aérea de defesa frente a um possível um ataque militar do imperialismo ianque. Este fator posto concretamente no horizonte da conjuntura mundial, foi que avalizou politicamente a compra dos Gripen, por parte da nossa covarde e impotente burguesia nacional, coube ao “quadro” Lula a tarefa de “empurrar” a “gerente” Dilma nesta direção.



As vozes internas da reação, ligadas umbilicalmente ao imperialismo, não tardaram para atacar violentamente a decisão do governo Dilma. Na noite do dia 18/12 no Jornal da Globo, o ventríloquo da CIA William Waack afirmava que o anúncio da compra tinha sido feito de forma apressada, apesar de ter sido retardada por 15 anos! Agora no ridículo papel de bajuladores do governador Eduardo Campos, instrumento da oposição conservadora, o ex-MR8 atual PPL, criticou a opção pelo Gripen argumentando que: “Carrega menos armas e menos combustíveis, o que dificulta sua ação em um país com dimensões continentais como o Brasil, além do mar territorial, onde se encontra os campos de petróleo do pré-sal. Seu alcance é de apenas 1.300 km a partir da base. Sem grande automonia de voo, deve servir a defesa de países com características com as dimensões da Suécia” (Hora do Povo nº 3214). Se não bastassem mais de vinte anos defendendo incondicionalmente o corrupto Quércia, agora o PPL quer “atacar” de pata esquerda do PIG. Mentem descaradamente ao omitir o fato de que o projeto do Gripen NG é diferente dos anteriores C e D, inclusive no quesito autonomia de voo. Para os interesses de defesa da FAB é muito importante ter muitos caças mais ágeis e leves, que podem ser reabastecidos rapidamente em terra ou no ar, do que poucos jatos mais pesados com características de ataque. O Brasil precisaria de no mínimo 70 novos caças para cobrir todo seu território (terra e mar), levando em conta que atualmente sua frota aérea militar está praticamente zerada com a “aposentadoria” dos Mirrage e o sucateamento dos poucos F-5 que ainda conseguem decolar. Hoje a FAB só dispõe de aeronaves antiguerrilha, como os turbo-hélices Tucanos ou de jatos para monitoramento ou pequenos combates de pouca altitude. Somente a parceria com a SAAB poderia produzir quase 40 caças em tempo recorde, espera-se que em 2018 estejam parcialmente em operação, e que nos próximos dez anos o país tenha uma frota de caças perto de cem unidades, todas fabricadas “em casa”.

Para nós Marxistas Revolucionários, a decisão estratégica do governo petista de reorganizar as defesas militares nacionais, completamente desatualizadas ao longo dos últimos 50 anos, é em primeiro lugar produto de uma reação limitada e atrasada da burguesia nacional diante da etapa mundial de completa ofensiva imperialista em todos os terrenos. A brutal pilhagem dos recursos de uma nação, ocorrida na Líbia e patrocinada pela OTAN, colocou um sinal de alerta “vermelho” paras as burguesias lacaias de todo o mundo. A novela da pirataria imperial parecia que iria se repetir na Síria, mas no último momento os abutres covardes da Casa Branca se convenceram que os MIGs do regime Assad estavam prontos para combater, os imperialistas poderiam vencer pela franca superioridade militar, mas não aconteceria o “vexame” passado na Líbia (onde seus aviões eram controlados desde Paris), diante da dúvida Obama “amarelou”! Esta lição com certeza acelerou a “vontade política” de nossa classe dominante em pactuar um acordo militar histórico com a Suécia, deixando de lado “aliados” tradicionais como os EUA e a França.

Ainda é muito cedo para vaticinar o sucesso definitivo deste acordo econômico-militar entre Brasil e Suécia, também não podemos saber se será concluído em sua plenitude. Não podemos esquecer do “arquivamento” do bem sucedido projeto científico de nossa arma atômica, seriamos o segundo país no continente a dominar esta tecnologia militar, assegurando ao Brasil um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. As pressões imperialistas fizeram com que Sarney “congelasse” o projeto e FHC o “enterrasse” de vez. Talvez somente em outubro de 2018, na eleição de um novo governo “pós-Dilma”, é que se estabelecerá com mais sedimentação as bases políticas da relação entre Brasil e EUA. No bojo deste processo também entrará em debate a decisão da compra ou não de um moderno submarino nuclear, com capacidade de lançamento de mísseis a longa distancia. Com absoluta certeza a burguesia nacional aguardará o “retorno” financeiro concreto das jazidas do Pré-Sal para dar a última palavra sobre a capacidade militar de defesa do país. A classe operária não deve nutrir nenhuma expectativa no caráter anti-imperialista de nossa classe dominante, nem mesmo “guiada” pelo timoneiro Lula, ao mesmo tempo em que deve estar preparada para responder com sua ação direta a ofensiva neoliberal do capital em todos os campos da vida humana. Não está descartada nesta conjuntura de reação imperial em toda linha, que o proletariado possa inclusive estabelecer uma frente única pontual com a burguesia e seu regime, no sentido da defesa militar da nação oprimida se atacada pelo imperialismo. É nesta direção que os Comunistas não se oporão de forma alguma ao armamento do país, voltado ao combate de nossos parasitas internacionais!

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