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terça-feira, 3 de junho de 2014

Porque o PIB brasileiro não consegue “decolar” no país da “explosão” do consumo

Por Liga Bolchevique Internacionalista

Novamente as manchetes da mídia “murdochiana” deram grande destaque ao resultado do tímido crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano.
 
 A pífia evolução de 0,2%, contrastando com o já fraco resultado do trimestre final de 2013 (0,4%), evidenciou novamente uma perspectiva de repetirmos o “pibinho” em torno de pouco mais de 1% para todo o ano de 2014. Acompanhando o relatório do IBGE acerca da variação do PIB vem a notícia sobre o péssimo desempenho da nossa Balança Comercial, que teve o pior resultado para o mês de maio dos últimos doze anos. 
 
Paradoxalmente, o mesmo mês de maio obteve o melhor resultado deste ano em nível de superávit mensal nas exportações, o que aponta um quadro alarmante das exportações brasileiras para o conjunto do ano, exatamente nesta questão econômica considerada o “grande trunfo” dos governos da Frente Popular desde 2003. Contraditoriamente ao “sombrio” noticiário macroeconômico podemos aferir que o consumo de bens e serviços no país continua a bater recordes mundiais, como a venda de equipamentos eletrônicos ou mesmo a “conquista” da terceira posição internacional no mercado da aviação civil, superado apenas pelos EUA e a China.
 
 No nicho da construção de novos “Shoppings” o Brasil só fica atrás mesmo dos Ianques, a “pátria” dos grandes templos fechados do consumo, revelando que os níveis da poupança interna continuam bem elevados, apesar das constantes altas na taxa de juros para a pessoa física. 
 
Se a bolha de crédito continua inflando as vendas, e a média da massa salarial teve um leve ganho sobre a inflação nominal dos últimos oito anos, com a consequente retração do desemprego formal, o quadro dos vetores macroeconômicos apontam em direção contrária. 
 
Mas, qual é a razão de fundo desta aparente contradição entre o que se “vê nas ruas” e o esgotamento do “modelo” baseado na entrada de divisas monetárias, que ainda conserva seu “colchão de gordura”, em torno das consistentes reservas cambiais do Tesouro Nacional? 
 
Por quanto tempo o estado brasileiro poderá “bancar a farra” do crédito e do consumo em uma situação econômica limítrofe do encerramento de seu lastro superavitário das exportações de commodities agrominerais? Parece que a situação falimentar da indústria nacional (em seus aspectos tecnológicos e financeiros) já respondeu precocemente esta questão.

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